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Agora Posso Ir

Só tenho mais uma volta a dar

Uma última palavra, sem urgência

Urgente como nenhuma outra

A palavra vive e aprende do mel e tudo que faz

É o sal do mais fluido respirar

Agarrar-me nas margens do lago turquesa

Quando o meio-dia ocupa o lugar

Esse louro que te prende e gira

A coragem das serras, o prazer da lama

E em poros de mel descansam lírios

Este usa vestidos de regadio para

Livrar o sol da serra

Despir o vento, esperar

Integrar, integrar 


Agora Posso Ir, 2009, In Vestidos de Regadio, 2014, Alberto Moreira Ferreira