.

. . . . . . . . . . . . .

Três Muros

O sol segredava insónias à escuridão

Refletia a luz disforme dos cisnes

Aprisionado a três muros de distância

À noite sonhávamos pérolas de água doce

Deitados, espírito sioux em dois flamingos

Voados no sono uno dos cegos

A manhã devolvia-me só do chão

Na ausência do gavião

E de um copo de sais de frutos


Três Muros, 2010, In Vestidos de Regadio, 2014, Alberto Paulo Moreira Ferreira