.

. . . . . . . . . . . . .

Esse Olhar

Tens assim
Esse olhar tão
A corar-me labareda
Espasmos no maxilar
Suave por todo o meu ver
Na minha desperta ilusão

Que pena não ser pedinte
Pedia esse teu olhar subtil
A gravar-me como buril
Atear-me nu palpitar
Nu sentir assim
Esse teu; mar

Tão livre da razão
A sacudir-me regato
Madrugada afora

Esse Olhar, 2010, In Vestidos De Regadio, 2014, Alberto Moreira Ferreira