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No Cruzamento das US-131

Envolvida a morada em silencios vestidos,
Escutas o quarto nas porcelanas do viajante,
Em frequência 98.9 (a) nos diques do luar nos dedos e,
O lençol dos nossos pastores conduzem o fogo ao exílio.
As raízes das nossas madrugadas caminham a--penas,
Quem as havia de seguir senão o desfile das estátuas.
O que me coordena o vinho é o caos dos meus sentidos,
Felizmente a nossa acústica descobre a electricidade,
Quem havia de morar connosco senão os sinos.
Hoje as nossas cores escorregaram nas redes,
O que havia de nunca chegar senão as casas:
Mas a ponte das nossas aves depois do sol,
Devolve nos aos ritos do mar e, este fogo,
Era tarde, a primeira lebre, o último do único bar,
E quem me havia de reinventar se não as estrelas


No Cruzamento das US-131, 2010, In Vestidos de Regadio, 2014